Lilypie Second Birthday tickers

sexta-feira, 26 de março de 2010

outras reflexões

Em total sintonia com o que escrevi no post anterior, acabo de achar essa matéria via Twitter:

25/03/2010 - 11h03
Relação criada entre consumo e felicidade mina o desenvolvimento infantil

“O mercado não vende felicidade”, disse Frei Betto ao iniciar sua palestra na mesa Refletir o Consumo, no segundo dia do 3º Fórum Internacional Criança e Consumo (17 de março), que teve a mediação da psicóloga Isleide Fontenelle, professora da Fundação Getúlio Vargas. O escritor e teólogo fez uma análise da publicidade e enfatizou a tentativa do marketing em convencer o consumidor que, para ser feliz, ele deve possuir determinados bens. Frei Betto classificou a erotização precoce como a mais grave estratégia das comunicações mercadológicas existentes hoje. A incorporação do vocabulário e até das atitudes de um adulto fazem com que a criança não viva a infância.

Na mesma linha foi a palestra de Benjamin Barber, teórico político norte-americano. “A criança, quando brinca com outra criança, não precisa de nenhum brinquedo, e essa é a maior sacada da indústria do marketing”, afirmou Barber. Segundo ele, a intenção da publicidade excessiva é fazer a criança brincar sozinha, com telas e jogos eletrônicos, pois desta forma ela acaba sendo persuadida a consumir cada vez mais produtos, acreditando que desta forma ela será mais feliz.

Barber ampliou o debate dizendo que os altos investimentos em marketing para fazer com que as pessoas consumam de forma desenfreada acarretam em sérios problemas para a democracia. “As escolhas individuais destroem a capacidade de bem público. Nesse sentido, todos os espaços – inclusive os espaços públicos – tornam-se comerciais”, disse. “O consumo viola a inocência das crianças”, concluiu.

Inserido no quadro de mudanças climáticas que vivemos hoje, em todo o mundo, o consumismo infantil torna o problema ainda mais complexo. Foi o que afirmou o ambientalista Marcelo Furtado em sua palestra. O ativista do Greenpeace falou também que o consumismo precisa de um combate com liderança, responsabilidade e ação por parte não só dos governos mas também, e não com menor importância, da sociedade. “A sociedade que aceita essa situação é uma sociedade ausente, calada e culpada”, alertou Furtado.

Confira o perfil dos palestrantes no site do 3º Fórum Internacional Criança e Consumo
http://www.forumcec.org.br/programacao/refletir-o-consumo/

Fonte: Envolverde/Instituto Alana - http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=71746&edt=1

reflexões

Hoje deu vontade de escrever. Estava voltando agora da escola, onde deixei o Tito e fiquei vendo tantas outras criancinhas entrando e saindo das creches das redondezas e pensei em conversas que tive recentamente com tia Ângela (sempre ela!!!) e com uma vizinha sobre o que as escolas (desde a educação infantil) vêm se tornando (claro que não todas, mas parece ser uma tendência). Elas vêm se tornando mini empresas! Cada vez mais impessoais e cheias de tecnologia inútil que ao invés de trazer para perto, afasta. Elas vendem para mães e pais um modo que busca formar empreendedores e profissionais bem sucedidos. O que é isso?! No meu meio, e eu trabalho há uns 12 anos em ONG, empreendedorismo é uma das palavras mais gastas que eu posso pensar. Serve para qualquer coisa e justifica iniciativas muito legais, mas também projetos sociais que só servem para empresas e afins dizerem pro mundo que fazem algum tipo de "trabalho social". Muitas vezes, ajuda a jogar para adolescentes e jovens a responsabilidade pelo seu fracasso ao não encontrar (ou inventar!) uma maneira de ganhar dinheito, desconsiderando um contexto social e econômico que conforma as chances reais que eles(as) têm de ter ou não sucesso nessa praia... Enfim, não acredito nessa idéia e acho que ela, também nas escolas, está servindo para justificar uma maneira fria, distante e que nada tem a ver com educar.

E aí vem a pergunta: para que educamos nossos(as) filhos(as)? Posso responder por mim, apesar de saber que as respostas não são simples. Sei que não educo meu filho para ser um profissional de sucesso (sobretudo esse sucesso tão cultuado em nossa sociedade). Se ele quiser ser um profissional de alguma coisa, pode escolher bem mais tarde e não na turma da educação infantil. Quero, é claro, que ele seja FELIZ e pra mim felicidade nunca teve nada a ver com o quanto se ganha. Tenho tido a sorte de conhecer pessoaos felizes e infelizes em todas as classes sociais. Claro que quero que ele tenha o suficiente para viver sem aperto, mas também quero muito que ele tenha relações saudáveis com sua família e amigos(as), que possa ter relações afetivas com pessoas legais, que seja alguém capaz de equilibrar trabalho e amor, o emocional e o intelectual, sem deixar de lado o espirutual... Eu quero tantas coisas pro meu filho, acreditando querer que ele seja feliz, que certamento uma idéia não seria capaz de traduzir. Eu quero uma escola que nos ajude a passar pro Tito VALORES que eu julgo essenciais para que ele seja uma boa pessoa e para que seja uma pessoa feliz e esses valores não tem nada a ver com aquela história de empreendedorimo e tudo que daí deriva. Quero solidariedade, respeito, educação, tranquilidade, espiritualidade, uma aposta maior nas pessoas e não nas coisas, igualdade, diversidade, justiça social... Nada disso se aprende só na escola ou só em casa, mas sabemos que educação e família podem jogar papéis fundamentais. Quando a escola escolhe ajudar a cuidar e a educar (e não um jeito de vender seu peixe a todo custo), ela já está formando mães, pais e crianças. Quando eu era pequena (eu tinha uns 7 anos), minha mãe escolheu me colocar em uma escola pública de ótima qualidade (CAP/ Uerj) e até hoje agradeço a ela por isso porque eu sei que devo ao convívio com as diferenças e aos espaços abertos lá e pelas minhas famílias o fato de buscar ser uma pessoa legal, comprometida com as coisas nas quais acredito e que tenta contribuir para vivermos num mundo menos desigual e injusto. No fundo, é isso que quero também pro Tito. Por enquanto, e pelo pouco que vi e vivi da escola onde ele está, acho que tem espaço pra isso lá e fico muito feliz por termos feito essa escolha para o Tito e para nós!

segunda-feira, 22 de março de 2010

7 meses

É, gente, daqui a uma semana volto ao trabalho (fora de casa, porque em casa tenho trabalhado duro desde que ele nasceu!). Sete meses se passaram, Tito cresceu muito, já está super bem adaptado na escola, comendo frutinhas e comida salgada, bebendo água, mamando menos no peito, precisando menos de mim... É, agora é um momento novo, exercitando o desapego de forma mais profunda, aprendendo mais ainda que não é possível controlar todos os passos do pequeno. É bom escrever, falar, repetir muitas vezes pra ver se aprendemos porque os pais (e, pela minha experiência de vida, sobretudo as mães) passam a vida inteira tentando entender e aceitar que os(as) filhos(as) são do mundo e não deles(as). E, antes de ser mãe, não tinha idéia de como isso seria difícil. É lindo ver nosso filho quase se jogando no colo das professoras, sinal de que está feliz, sendo bem tratado, mas dói. Dói saber que já não somos tão essenciais e prestem atenção: estou falando de um bebezinho de apenas 7 meses!

Esse último mês de licença + férias foi ótimo: visitamos a bisa, encontramos amigos (valeu Ana Karina, Carrano, Lili!), fui a minha primeira atividade de trabalho (e adorei!), continuamos ajeitando a casa... Agora é assustador ver como não paramos 1 minuto desde que ele nasceu. Mais ou menos quando ele tinha 2 meses e meio, conseguimos selecionar e imprimir um montão de fotos desde a gravidez até aquele momento e, esses dias, estava nessa tarefa novamente. Revendo as fotos impressas e selecionando aquelas que ainda vamos imprimir tive uma sensação de que não paramos mesmo, de que fizemos questão de colocar o menino no mundo de verdade, em alguns momentos fiquei pensando: como tive coragem de levá-lo tão pequeno para tantos lugares?! Mas sabe o que mais? Acredito mesmo que a calma do meu filho e a capacidade dele de participar de qualquer lugar não é apenas um talento inato, também tem um pouquinho de adquirido. E isso, ele vai saber, foi desejado e conquistado desde que ele estava na barriga. Enfim, agora é aproveitar essa última semana para descansar um pouquinho, tentar resolver alguns pepinos e me preparar para mais uma nova fase. É isso aí, desde que soubemos que estávamos grávidos, monotonia é algo que deixou de existir em nossas vidas. Obrigada, Tito!
Sorriso lindo do bebê mais lindo de 7 meses!
Brincando sentadinho no piso novo do seu quarto. Quantas cores!

quarta-feira, 17 de março de 2010

na casa da bisa

Essas fotos foram tiradas na visita que fizemos, no início do mês, à bisavó do Tito, dona Cremilda! Aproveitamos para ver também tios e primos. A visita foi rápida, mas muito boa. Estávamos com saudades!!! Tito estava com 6 meses e meio nas fotos e ficou super bem por lá.
Interagindo com a bisa.
Essa não precisa de legenda: o bebê está crescendo...
Se aventurando no colo do papai.
Sentadinho no sofá da bisa!
De olho na prima Luiza: seriam os óculos o motivo de tanta atenção???
Com a querida tia Ângela, a leitora nº 1 do nosso blog!

sábado, 6 de março de 2010

nos adaptando

Fim da primeira semana do Tito na escola, aquela semana, a de adaptação. Como era de se esperar, Tito ficou super bem. Foi no colo de todas as professoras e até interagiu um pouquinho com alguns(mas) coleguinhas. Momento de tensão: ver um coleguinha mais velho puxar o cabelo de um bem mais novo. Solução: o tal coleguinha mais velho foi para a turma dos mais velhos! Oba! Tirando isso, tiramos de letra. Ou quase. Acho que fiquei bem. Apesar dos momentos de tristeza, a maior parte do tempo fiquei muito contente de ver meu filho naquele ambiente legal, com aquelas crianças FOFÍSSIMAS e as professoras totalmente no clima das crianças. Bonito mesmo de ver. Coisa mais chata da semana: como além da adaptação na escola, Tito tb está se adaptando super bem à comida "de sal", meu peito empedrou quinta-feira e doeu MUITO, muito mesmo o dia todo! Acho que o corpo também leva um tempinho para saber que agora passamos de 6 a 8 mamadas diárias para duas ou três. Enfim, hoje ainda não estou 100%, já liguei para a ginecologista, mas não cheguei a ter que tomar antibiótico. Espero que o corpo entenda rapidinho as mudanças em curso. A mente, o coração, o espírito, esses têm um outro tempo...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Nós3 - 6 meses depois

Nós 3 comemorando os 30 aninhos do papai do Tito.